Quando o assunto é cargo público e aprovação em concursos, logo pensamos em estabilidade financeira, tranquilidade profissional e solidez para a maioria dos pilares de nossas vidas, não é? Em muitos vocabulários ser um servidor (a) público tornou-se sinônimo de remuneração garantida e exclusão, quase que definitiva, da estatística de possíveis desempregados do país.
Amigos, para quem ainda não me conhece sou o Jonas, administrador deste site, policial civil do Estado de São Paulo e um eterno admirador das carreiras policiais e militares.
Antes de começar, apenas para reflexão, faço-lhes uma pergunta: Porque você quer se tornar um servidor público policial? ou Porque você se tornou um servidor público policial?
Como dito acima, sou policial civil e durante a minha curta jornada nesta profissão já convivi com diversos tipos de policiais, mais especificamente com aqueles que são vocacionados e com aqueles que buscavam apenas estabilidade. A intenção deste texto não é criticar razões, mas sim mostrar o tipo de policial que as polícias do país necessitam, independente se a forma de ingresso é mediante concursos públicos, acessível a todos.
Sem sombra de dúvidas que a estabilidade é chamativa e, claro, não é pecado buscar isso, ainda mais vivendo em um país volátil como o Brasil. Mas, quando se trata de serviço policial o quesito primário é: VOCAÇÃO.
Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. É uma inclinação, uma tendência ou habilidade que leva o indivíduo a exercer uma determinada carreira ou profissão.
Vocação é uma competência que estimula as pessoas para a prática de atividades que estão associadas aos seus desejos de seguir determinado caminho.
Por extensão, vocação é um talento, uma aptidão natural, um pendor, uma capacidade específica para executar algo que vai lhe dar prazer (www.significados.com.br).
Dito isso, ser policial é renunciar horários ; é doar a própria vida em prol de terceiros; é estar em serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano; é aceitar o regime especial de trabalho sem reclamar e sem hora extra; é ter pouco reconhecimento, em todos os sentidos, em vista do trabalho que faz; é se conformar com a ausência de casa e, muito das vezes, da família; é portar uma arma e uma funcional onde quer que esteja; é administrar os medos e os traumas sozinhos, é executar todas as atribuições já citadas e outras tantas com vigor, responsabilidade e honestidade, é vibrar por cada missão cumprida; é orgulhar-se da profissão; é, acima de todos os contras, amar o que faz.
A POLÍCIA PRECISA DOS VOCACIONADOS!
Nós precisamos de homens e mulheres empenhados; de cidadãos que sintam amor pela carreira muito antes de serem aprovados em um concurso público. Precisamos de você que não pensa, em primeiro lugar, na estabilidade, mas que sonha em fazer a diferença como um policial.
Você que busca estabilidade e uma rotina de “bater o ponto”, repense, pois, talvez, ocupará ou esteja ocupando a vaga de alguém disposto a fazer tudo que precisa ser feito e muito mais.
EMPREGAR AMOR AO QUE FAZ É A PREMISSA PARA SERMOS FELIZES.
A vida é muito curta para não trabalharmos onde sempre desejamos e, também, muito curta para fazermos o que não gostamos. Busque aquilo que te completa, que acelera teu coração e que te faça levantar, todos os dias, com a convicção de que EU-NASCI-PRA-ISSO.
Você ama o serviço policial? Se a resposta for não, procure uma profissão que lhe satisfaça e que te faça vibrar todos os dias, pois quando estamos motivados os resultados são espetaculares.
Se a resposta é SIM, SEJA BEM VINDO (A), A POLÍCIA PRECISA DE VOCÊ.
Por Jonas Leite